As oito praias artificiais localizadas na margem brasileira do Lago de Itaipu foram consideradas excelentes para banho, segundo boletim de balneabilidade divulgado esta semana pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Foram analisadas amostras de água coletadas nas praias de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Missal, Santa Helena, Entre Rios do Oeste e Marechal Cândido Rondon. A coleta da água foi feita entre os dias 14 de novembro e 12 de dezembro do ano passado.
"Acredito que o projeto Cultivando Água Boa, desenvolvido pela Itaipu em toda Bacia do Paraná III, está sendo de grande importância para manter a qualidade da água do Lago de Itaipu", afirma o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek.
As análises indicam, principalmente, que a água do reservatório da hidrelétrica de Itaipu está livre de coliformes fecais, bactérias que podem causar vários tipos de doenças nos banhistas, entre elas, infecções no nariz e ouvido, gastrointerites, hepatites do tipo A, febre tifóide e cólera. Os pesquisadores da Itaipu alertam, porém, que essa água só pode ser usada para consumo humano depois de tratada.
Com 1.350 quilômetros quadrados, o Lago de Itaipu, embora forneça a água que movimenta as turbinas da maior hidrelétrica do mundo, é o sétimo em tamanho se comparado com outros lagos artificiais brasileiros – perde para os reservatórios das usinas de Sobradinho, Tucuruí, Porto Primavera, Balbina, Serra da Mesa e Furnas. Só a margem brasileira, onde estão localizadas as praias artificiais, tem uma extensão de 1.395 quilômetros. A margem paraguaia possui outros 1.524 quilômetros de extensão.
Ao contrário do que ocorre no Lago de Itaipu, a água da maioria das praias do litoral paranaense foi considerada imprópria para banho, de acordo com as análises feitas pelo IAP. Das 36 amostras de água coletadas no litoral, 20 foram consideradas inadequadas. A poluição é quase o dobro da registrada no mesmo período do ano passado, ainda segundo o IAP. (Agência Front)