Porto defende contêiner público

O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, ao avaliar a interdição feita na última quinta-feira pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) nas operações do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), administrado por um consórcio privado, garantiu que “o neoliberalismo predatório que existia no Paraná acabou”.

Para ele, a interdição do TCP pode ser o início de um trabalho para a implantação de um terminal público de contêineres. “Estamos prontos para oferecer essa alternativa aos usuários do nosso porto para que tarifas sejam mais competitivas e novos empregos sejam gerados”, disse.

Para Eduardo Requião, ao impedir que as operações do TCP tenham continuidade, o IAP respeitou o que diz a lei. “Coisa que o TCP nega-se a fazer e, enquanto não apresentar as licenças necessárias para operar, está proibido de embarcar ou desembarcar navios com contêineres”, ressalta Eduardo Requião.

O superintendente lembra ainda que o fórum para discussões acerca das questões ligadas diretamente à atividade portuária de responsabilidade da Appa é a própria autarquia, e “não em locais onde pessoas tentam criar uma administração portuária paralela e de interesses extraordinários aos da coisa pública”.

Com a proibição das atividades no TCP, foi aventada a possibilidade de que postos de trabalho seriam fechados, situação negada pela representante do Sindicato dos Trabalhadores Portuários (Sintraport), Raquel Silva Alves.

“Ao contrário do que se divulga, o portuário perdeu colocação depois que o TCP instalou-se no porto”, diz Raquel. “Somente a reativação do Terminal Público de Contêineres poderia resgatar a manutenção e a geração de emprego.”

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