Por enquanto, não tem acordo nos Correios

A greve dos trabalhadores dos Correios continua pelo menos até segunda-feira, quando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e entidades sindicais retomam as negociações do reajuste do dissídio coletivo da categoria, no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ontem pela manhã teve audiência de conciliação que terminou sem acordo. O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR) conta adesão à greve de 75% dos servidores. Estão parados carteiros, atendentes, agentes de triagem e funcionários do setor administrativo.

Ao longo do dia, os grevistas fizeram piquete nos centros de distribuição e impediram a entrada de caminhões com encomendas e correspondências. Segundo o Sintcom-PR, Curitiba e região movimentam 700 mil correspondências por dia e ontem nenhuma foi entregue.

Esquema

Para garantir a entrega de cartas e encomendas à população, a ECT está adotando medidas como realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões nos fins de semana. O TST concedeu liminar determinando que os sindicatos garantam efetivo mínimo de 40% por unidade, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Os serviços com hora marcada (entrega de Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje e o Disque-Coleta) estão suspensos. As agências franqueadas no Estado não vão fechar, conforme o sindicato do setor. O Sintcom-PR informa que embora haja recepção de cartas, impressos e encomendas nas agências, o recolhimento do material está prejudicado, pois não há funcionário para a coleta.

Empresa dá outros números

De acordo com os Correios, em média, 91% do efetivo dos Correios está trabalhando. Apenas 10 mil empregados, do total de 120 mil, aderiram ao movimento sendo a maior parte carteiros. A categoria reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear, R$ 2,5 mil de piso salarial e vale-refeição de R$ 35 por dia. A empresa oferece 5,2% de reajuste nos salários e benefícios.