População terá acesso à vacina contra rotavírus

Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou que, a partir do ano que vem, vai oferecer a vacina contra o rotavírus (um dos principais responsáveis por diarréias em crianças) no Sistema Único de Saúde (SUS), e que a mesma passará a integrar o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Porém, enquanto isso não acontece, a imunização continua sendo de difícil acesso a pessoas de baixa renda.

Nos últimos meses, tem sido cada vez maior o número de clínicas e laboratórios particulares que procuram se informar sobre a importação do produto, que é fabricado principalmente nos Estados Unidos. Quando as doses chegam ao Brasil, elas custam, em média, R$ 250 no mercado privado, valor considerado elevado para o nível econômico da maioria da população.

?A vacina contra o rotavírus tem alta tecnologia de produção e por isso sua importação ainda é considerada cara?, comenta o infectologista Nelson Szpeiter. ?Ela deve ser dada em duas doses, via oral, a crianças de até seis meses de vida. O ideal é que a primeira seja fornecida entre a sexta e a décima quarta semana e a segunda até a vigésima quarta.?

Nos países em desenvolvimento, cerca de 30% das hospitalizações infantis por diarréia estão relacionadas ao rotavírus. Ele atinge crianças de até cinco anos de idade, independente de classe social. A transmissão acontece via feco-oral, por água e alimentos contaminados ou contato com superfícies contaminadas.

?O vírus também pode ser transmitido via saliva da criança contaminada e, raramente, por secreções de via respiratória. A vacina é a melhor maneira de prevenir o problema.?

Os sintomas iniciais da doença são vômito e febre alta, seguidos de diarréias que podem perdurar por até sete dias. Se o problema não for corretamente tratado, pode levar à morte por desidratação. Na América Latina, entre 12 mil e 15 mil crianças morrem anualmente devido ao rotavírus.

Higiene

Por isso, a higiene é fundamental e, em casa, os pais podem tomar algumas providências para evitar a virose: lavar as mãos, pois a mão é um dos principais focos de contágio, controlar a qualidade da água e dos alimentos e destino adequado dos dejetos e do esgoto.

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