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População protesta contra assaltos a alunos perto de escola

Alunos do Colégio Estadual Marli Queiroz Azevedo, no Conjunto Vitória Régia, na Cidade Industrial, tiveram uma aula prática sobre os direitos dos cidadãos, na manhã desse sábado. Eles participaram de um protesto para reivindicar mais segurança, devido aos frequentes assaltos que os alunos têm sido vítimas.

“O que a gente pode é ensinar que não há o que fazer. Não dá para naturalizar a violência que eles sofrem”, afirmou o professor Sebastião Santa Rosa.

Às 10h, cerca de 100 pessoas, entre alunos, funcionários do colégio e moradores do bairro, se reuniram em torno da rotatória das ruas Paul Garfunkel e Cyro Pereira Correia com cartazes e megafone, para chamar a atenção para a falta de segurança na região.

Por conta da ação dos bandidos, que geralmente acontece à noite, muitos alunos que estudam nesse período optaram pela troca de turno. “Eles andam com muito medo. Tem aluno que já apanhou”, contou a vice-diretora do colégio, Amanda Coppi. Os marginais atacam também os pais. “Eles não podem mais ficar aguardando os filhos na frente do colégio, porque esses dias levaram o carro de um pai”, revelou Amanda.

Medo de estudar

A aluna Marcia Caroline de Souza, 16 anos, passou por uma situação traumática há pouco mais de uma semana. Ela estava em um ônibus da linha “Vitória Régia”, indo para o colégio, quando bandidos renderam o motorista e fizeram um arrastão entre os passageiros. O veículo foi abandonado em Araucária. “Todos os dias alguém sofre assalto ou conhece alguém que sofreu”, disse Marcia.

A estudante Chayana Nogueira, 18, comentou que muitos colegas deixam de frequentar o colégio por medo dos assaltos. “A gente acha que é o mesmo grupo que comete os roubos, porque viram que a segurança está precária. Muitas vezes, eles se escondem nas valetas antes de atacar”, afirmou.

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