Pombos causam polêmica em Londrina

Alimentar pombos nas praças pode virar motivo para multa em Londrina. Essa é uma das medidas que a Prefeitura estuda tomar para tentar conter o crescimento populacional da espécie, que já se transformou em uma praga na cidade.

"Por enquanto, há um trabalho educativo, mas se só isso não for suficiente, vamos pedir ajuda à Câmara Municipal para criar uma lei proibindo a alimentação dos pombos", explicou a veterinária Anne Cristina Hiltel, da Secretaria Municipal do Ambiente de Londrina. Anne contou que, entre novembro de 2004 e novembro de 2005 foi constatado que mais de 3 mil pombos viviam no centro de Londrina, além de outros cerca de 170 mil que passam ou pousam pela cidade. "A alimentação de pombos nas praças acaba atraindo as aves da zona rural e facilitando sua reprodução no centro da cidade, mesmo porque, aqui eles não têm predadores", explicou Anne, lembrando que cada casal de pombos põe seis ovos por ano.

Segundo a veterinária, o bosque do centro da cidade está tomado pelos pombos. O cheiro das fezes chega a ser insuportável. Semanalmente, a Prefeitura tem feito lavagem no local, mas não está sendo suficiente. "E é justamente a inalação das fezes misturada à poeira a principal causa de doenças transmitidas por pombos", explicou. Além de doenças neurológicas, pulmonares e digestivas, os pombos também podem ser transmissores de carrapato, piolho e percevejo.

A lei que determina multa à pessoa que alimentar pombos na rua é uma das medidas que a Secretaria do Ambiente estuda adotar para combater a superpopulação de pombos. Anne contou que o município aguarda autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para abater algumas aves ou adotar algum outro procedimento recomendado pelo instituto. "Se existe esse crescimento descontrolado, é porque está havendo algum desequilíbrio na natureza, e causado pelo homem. É isso que precisa ser estudado", declarou.

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