Polícia se prepara para eventos da ONU na capital

Os dois eventos da Organização das Nações Unidas (ONU) – 3.ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP3), que será realizada de 13 a 17 de março, e 8.ª Reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP8), de 20 a 31 de março – devem reunir mais de cinco mil representantes de 187 países. Para que nada saia errado, as pessoas que estão envolvidas com a segurança estão sendo capacitadas para agir em situações que possam representar algum perigo. Os policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE) da Companhia de Polícia de Choque da PM estão ministrando desde ontem um curso sobre os primeiros procedimentos a serem adotados em casos de ameaça de bomba.

O comandante do COE, Marco Antônio da Silva, acha que dificilmente ocorrerá algum incidente com bombas durante os dois encontros em Curitiba, devido à cultura do País. Mas pelo fato de estar reunindo na cidade gente de vários países, o procedimento está sendo adotado para prevenir qualquer problema. Estão sendo capacitados 78 pessoas do Exército, Polícia Civil, Guarda Municipal, Receita Federal e Aeronáutica, além de 130 pessoas da comunidade, entre gerentes e seguranças de hotéis e shoppings.

Durante o curso estão sendo abordados os primeiros procedimentos a serem adotados em caso de suspeita de bomba, além de temas como conhecimentos básicos sobre explosivos e artefatos explosivos, varreduras, mecanismos de acionamento, além de estudos de casos reais. ?A primeira medida a tomar, se houver ameaça, é prestar atenção a todas as informações de quem está ameaçando e chamar a polícia, no caso, ligando para o telefone de emergência 190.

Durante a aula inaugural, ontem, foram apresentados os dois cães de faro de explosivos do Canil Central da Companhia de Polícia  de Choque da Polícia Militar. Os animais, o labrador Yuri e a pastor alemão Vichenza, são ?especialistas? em encontrar explosivos. Pelo faro, eles dão a indicação ao policial de que naquele local existe explosivo, sem emitir nenhum latido. O ruído pode acionar o mecanismo que ativa a bomba.

O policiamento nas ruas também terá uma atenção especial. ?Mas a projeção de emprego do policiamento é o discreto e suficiente a fazer frente à rotina de Curitiba. Nós não vamos fazer algo que vá provocar alarme ou preocupação geral?, disse o general-de- brigada Emir Benedetti, comandante da Artilharia Divisionária da 5.ª Região Militar do Exército. A capacitação termina hoje, quando haverá uma simulação de desativação de bomba.

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