A superintendência da Polícia Federal no Paraná inaugurou ontem a nova sede, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. O local, que custou R$ 25 milhões ao governo federal, irá abrigar quase todos os setores e serviços da instituição, que hoje estão espalhados por seis prédios na capital. A solenidade de entrega da nova sede foi acompanhada pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e pelo diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda.
O prédio, cuja construção foi iniciada em 2002, tem 18 mil metros quadrados, instalados em uma área de 32 mil metros quadrados. Nesse local serão centralizados quase todos os serviços da Polícia Federal, como investigação, perícias, delegacia – com seis celas -, passaporte e imigração. Trabalharão na nova sede cerca de 800 pessoas. O prédio conta ainda com um moderno laboratório para perícias e identificação de dinheiro falso.
A data para a transferência dos serviços de emissão de passaporte e imigração à nova sede ainda não foi definida. Por enquanto, o atendimento continua sendo feito na Rua Dr. Faivre, 1212, no centro da capital. A única unidade que permanecerá no mesmo endereço é a Coordenação de Operações Especiais de Fronteira (Coesf), que continuará sediada na Alameda Dr. Muricy, 814 – no centro de Curitiba. A manutenção dessa unidade é devido à facilidade de deslocamento.
Porém, a PF também não descarta a possibilidade de manter uma outra unidade central para o atendimento de estrangeiros e emissão de passaportes. No entanto, essa decisão ainda dependerá de avaliação de demanda. Hoje a PF emite por dia uma média de 250 a 350 passaportes, porém nos meses de pico, como junho e dezembro, passa de 500 emissões. Com a instalação da sede da superintendência e demais setores da Polícia Federal no Santa Cândida os imóveis na região sofreram valorização. A transferência definitiva para o novo endereço começará a ser feita a partir de semana que vem, já que os móveis e equipamentos ainda não foram instalados.
A inauguração da nova sede da PF poderia marcar a despedida do superintendente da unidade no Paraná, Jaber Makul Saad. A expectativa é que ele fosse indicado para ocupar um cargo no Ministério da Justiça. Porém, essa informação não foi confirmada pelo ministro, Márcio Thomaz Bastos, que defendeu apenas uma continuidade nos trabalhos desenvolvidos até hoje, quando a Polícia Federal se tornou uma das mais importantes ferramentas para o combate do crime no País. Isso estaria acontecendo pela integração dos setores de inteligência e segurança. ?Se percebe que sem integração e inteligência não se tem salvação no combate ao crime?, disse Bastos.
O ministro confirmou que na semana que vem o diretor-geral da PF irá participar de uma reunião do centro de inteligência da polícia em Foz do Iguaçu com representantes do Brasil, Paraguai e Argentina. Sobre a participação do Exército no combate ao crime nas fronteiras, como defendido pelo Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública, o ministro disse que essa não é a vocação das Forças Armadas, porém ressaltou que ela está cada vez mais integrada nas ações de segurança, e hoje já faz parcerias com as polícias no combate ao crime.