A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e 18 empresas e sindicatos deram ontem o primeiro passo para a adoção de um plano de ação para o recolhimento de resíduos e conscientização ambiental na Ilha do Mel, no litoral do Paraná.
Há 10 dias, o próprio secretário Rasca Rodrigues visitou a Ponta Oeste, uma parte da ilha que não possui habitações, e encontrou uma enorme quantidade de lixo na praia. Em 300 metros contínuos, foram identificadas embalagens de 28 empresas.
Rodrigues tirou fotos e recolheu todo o material, que foi transportado para a sede da Sema, em Curitiba. As empresas identificadas foram convocadas e devem apresentar em 15 dias um projeto. As que não compareceram na reunião de ontem receberiam uma intimação extrajudicial.
Rodrigues chegou a se irritar com uma proposta para o investimento de R$ 7 mil por ano para fazer a chamada logística reversa, vinda de um dos representantes na reunião. “A responsabilidade é deles (de recolhimento dos resíduos) e a nossa é cobrar. Podemos construir isto a quatro mãos”, explicou.
O secretário de Estado do Meio Ambiente ressaltou que as empresas respondem solidariamente nestes casos. É o exemplo de um posto de combustível que vendeu óleo lubrificante para barcos e as embalagens apareceram na praia e no mar. “Queremos comprometimento. O nosso objetivo é limpar a Ilha do Mel”, afirmou.
O secretário ressaltou que existem setores muito conscientes neste aspecto, mas que não poderia considerar como consciente quem joga resíduos dentro do mar. Rodrigues comentou ainda que as empresas deverão detectar como o lixo chegou a uma parte inabitada da ilha.