Perigo na BR-476 sem iluminação

O furto de fiações de cobre e de alumínio em postes da BR-476, na região dos bairros Pinheirinho e Sítio Cercado, tem trazido muitos transtornos para a população e para a prefeitura de Curitiba. Por causa da escuridão, assaltos na região são freqüentes, afirma Ricardo Antônio de Oliveira Canal, que mora no Pinheirinho e é dono de uma pequena lanchonete às margens da estrada.

?Já arrombaram minha lanchonete, levaram tudo o que tinha e até tentaram colocar fogo?, diz ele. Ricardo conta que por causa dos problemas com assalto tem fechado o seu estabelecimento às seis horas, antes de escurecer. ?Depois fica muito perigoso, a única luz em volta é a da lanchonete.?

Do outro lado da rua, Benedita Sibila, mãe de Ricardo, possui um restaurante que já foi assaltado várias vezes. Ela afirma que por esse motivo precisa fechar até as 21h30. ?Não há luz nenhuma na rua. Quando anoitece, até pegar ônibus no ponto em frente ao restaurante fica perigoso?, diz.

O comerciante Vandir Dalacosta, que também tem uma lanchonete no Pinheirinho, resolveu ele mesmo tomar medidas para acabar com a escuridão. Está instalando lâmpadas refletoras em seu estabelecimento.

Reparos

A Prefeitura informa que de novembro passado até agora foram roubados 30 mil metros de cabos de cobre, mas os reparos já estão sendo feitos. A saída encontrada foi a de começar a instalar cabos de alumínio a 12 metros de altura. Segundo a Prefeitura, aproximadamente cinco dos dez quilômetros de trechos com postes danificados já foram consertados e até maio os restantes deverão ser concluídos.

De acordo com o gerente da área de manutenção do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica da Copel da Regional Leste, Mário Rogério da Silva, não é só fiação que é roubada, mas transformadores também são alvos de saque. No ano passado, assaltantes levaram 36 transformadores e neste ano o número já chegou a 27. Ele diz que a partir de março, com uma blitz realizado pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) em locais de comércio de ferro-velho, a quantidade de roubos caiu bastante. ?Atacar o comprador do material roubado surtiu efeito?, afirma ele.

Conforme Mário, no ano passado tiveram de ser repostos 24 mil quilos de cabos de cobre e de alumínio em Curitiba, material suficiente para fazer 6,5 mil quilômetros de rede. ?É praticamente o que se gasta na ampliação de rede em um ano na capital.? Os gastos com mão-de-obra, transformadores, cabos de cobre e de alumínio foram de cerca de R$ 2,5 milhões, informa ele.

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