Proclamada padroeira do Paraná em 30 de julho de 1977, Nossa Senhora do Rocio será lembrada amanhã, com grande festa no Santuário Estadual do Rocio, em Paranaguá. O padre redentorista Gélson Luiz Mikuszka, que é filósofo e teólogo, explica que há duas versões sobre essa denominação de Maria. Segundo uma delas, os humildes pescadores que habitavam a então pequena Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, em uma noite de novembro, admiravam as estrelas quando, de súbito, viram que descia do céu um facho luminoso que findava numa moita de rosas plantadas no pequeno jardim de um casebre, ao lado da baía, e ali desaparecia.
“Voltando para terra firme, muitos falavam que seria um bom aviso; outros, que aquilo era o prenúncio de grandes males”, conta o padre. “Resolveram que, para evitar esses males, iriam destruir as rosas com facões e foices. Quando estavam na metade da devastação, depararam com uma pequena imagem de Nossa Senhora, bem no lugar onde apareceu o facho luminoso. Ali, ergueram pequena capela, coberta de palha, e todos os domingos rezavam o terço. A imagem ficou conhecida como Mãe do Rocio, pois se acredita que foi trazida pelo sereno (rocio) da noite.”
A segunda história conta que a imagem foi encontrada no mar, na rede de um pescador conhecido como Pai Berê, em meados do século XVII. Ao perceber que era a imagem de Maria, Pai Berê a levou até seu pequeno casebre onde, toda primeira quinzena de novembro, rezava o terço em honra à santa. O culto se espalhou e começou a atrair devotos que vinham de longe para rezar e pedir a interseção da Mãe de Deus sobre o título de Nossa Senhora do Rocio.