Saúde

Paraná vai desenvolver modelo de atenção hospitalar

A Secretaria de Estado da Saúde e a Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa) assinaram nesta quinta-feira (27) convênio para desenvolver um modelo de atenção hospitalar de cuidados continuados integrados.

A proposta visa transformar a característica dos hospitais de pequeno porte e de baixa densidade tecnológica, propondo uma atenção baseada no cuidado das condições crônicas de saúde. Além do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Piauí estão desenvolvendo estratégias semelhantes.

Com a rede constituída, pessoas que têm doenças crônicas, como diabetes e hipertensão ou que se recuperam de procedimentos cirúrgicos, poderiam receber atendimento nestas unidades, perto da família, sem precisar ser transferido para os grandes hospitais. Isto ampliaria o acesso e garantiria mais eficiência do sistema.

O superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde da Secretaria da Saúde, Paulo Almeida, destaca que com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população o Sistema precisará de leitos qualificados para suprir esta demanda dentro da rede de atenção à saúde da pessoa idosa.

O projeto em parceria com a Femipa será construído em três etapas. No primeiro momento será feito o diagnóstico dos hospitais filantrópicos que poderiam incorporar a rede. O segundo momento é o da adaptação das unidades e capacitação dos profissionais, e por fim o monitoramento e avaliação dos resultados.

“Vamos ampliar a discussão, inclusive com a proposta de trazermos experiências de outros estados. Se esta alternativa tiver resultados positivos, podemos incluir no orçamento para 2014 recursos para a consolidação deste modelo”, afirmou o secretário da Saúde, René Moreira dos Santos.

Santos enfatiza que a Femipa é parceira do Governo do Paraná na implantação do programa HospSUS. “É bom podermos contar com uma instituição que conhece a realidade destes hospitais e que agrega valor ao projeto pela expertise em gestão hospitalar”, ressalta.

O presidente da Femipa, Maçazumi Furtado Niwa, afirma que a mudança do perfil seria uma alternativa para a sobrevivência dos hospitais filantrópicos de pequeno porte. “Esses hospitais têm perfil de atendimento de baixa resolutividade e acabam por ficar com a capacidade ociosa e por isso muitas vezes têm dificuldade para se manter”, explica.

Participaram da assinatura o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, José Reinaldo de Oliveira Junior, e a diretora da Femipa, Rosita Wilner.

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