Habitação

Paraná tem mais de 98 mil moradias irregulares

O Paraná tem mais de 98,4 mil moradias em situação irregular. E, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o número de moradias com inadequação fundiária – casos que atingem principalmente bairros populares e periferias – teve aumento significativo nos últimos anos, ao passar de cerca de 51 mil residências para mais de 61,6 mil.

Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério das Cidades e pela Fundação João Pinheiro (FJP), tendo como base o ano de 2007. Dentre as nove regiões metropolitanas brasileiras analisadas, a RMC é uma das quatro que apresentou aumento no número de moradias em situação irregular, passando de 5,9% do total de domicílios urbanos para 6,5%, junto com as regiões metropolitanas de Belém, Recife e Belo Horizonte.

O número fica bem acima da média nacional (3,9%). Faltam, ainda, 272.542 moradias no Paraná. Na RMC, o déficit habitacional chega a mais de 91 mil moradias.

Na análise de todo o Brasil, o menor número de moradias não atendidas adequadamente pelos serviços de infraestrutura (energia elétrica, abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo) está na região Sul: 1,311 milhão, correspondendo a 17,6% dos domicílios urbanos. Entretanto, o Paraná contrasta com os demais estados da região – 646 mil moradias apresentando problemas (22,9% do total de domicílios).

Em resposta aos números apresentados, a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) informou que nos últimos seis anos já foram beneficiadas cerca de 160 mil pessoas no Estado, com 22,6 mil casas. Neste ano, são mais de 9 mil moradias em obras.

O principal projeto, que pretende urbanizar a maior favela do Paraná, no Guarituba, em Piraquara, prevê a realocação de 803 famílias que moram em área de risco, às margens dos rios Iraí, Piraquara e Itaqui, que compõem o manancial que abastece 80% da população de Curitiba.