Paraná luta em favor da preservação da araucária

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Sema), em parceria com a Sanepar, convocou ontem em Curitiba estudantes e membros de entidades ligadas à preservação ambiental para uma manifestação de apoio à proteção das matas com araucária do Paraná. As árvores símbolo do Estado – desde o Bosque do Papa, onde o ato público teve início, até o Palácio Iguaçu – ganharam faixas brancas em sinal de respeito e conscientização da sociedade para o não-desmatamento. A ação foi um dos marcos na comemoração da Semana do Meio Ambiente.

Cerca de 500 pessoas participaram da manifestação na capital. Atos semelhantes foram realizados simultaneamente em outras regiões do Estado. Partindo do Parque João Paulo II, os participantes se deslocaram até o Palácio Iguaçu, onde fizeram a semeadura de 500 pinhões. As futuras mudas foram levadas para os viveiros do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). ?É uma preparação para o plantio que faremos em setembro?, explicou a diretora de meio ambiente da Sanepar, Maria Arlete Rosa, referindo-se ao mutirão que será realizado quando da semana da árvore, com o plantio de cinco milhões de mudas de araucária em todo o Estado.

Segundo Maria Arlete, a manifestação de ontem serviu para sensibilizar a população sobre a importância da preservação da floresta com araucária.

Os manifestantes registraram sua participação em cartões-postais que serão enviados ao presidente Lula, pedindo urgência na criação das unidades de conservação (UCs) federais no Estado. O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, posicionou o governo estadual como mediador entre o Ministério do Meio Ambiente e os agricultores da região de Ponta Grossa – que levaram a questão para a Justiça e conseguiram suspensão das atividades de criação das unidades na área dos Campos Gerais por meio de liminar acatada no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre.

Segundo Cheida, é preciso ir além ?de uma visão meramente técnica?. ?Há aqueles que estão cometendo crime ambiental, cortando árvores e provocando queimadas ilegalmente. Esses têm de ser punidos. Mas tem também o agricultor que foi educado erroneamente no passado a plantar até a margem do rio, acabando com a mata ciliar. Não dá para lidar da mesma forma. Nesses casos, uma reeducação tem de ser promovida?, acredita Cheida, que vê no vínculo entre a questão econômica e a preservação ambiental a saída para o dilema. ?Para isso, damos evidências ao produtor que preservar o meio ambiente dá lucro.?

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