Paraná já inclui Sociologia e Filosofia nas escolas

O Ministério da Educação (MEC) deu um prazo até amanhã para que as escolas, públicas e privadas do País, implantem como disciplinas obrigatórias no currículo do ensino médio as cadeiras de Sociologia e Filosofia. A resolução que instituiu as novas disciplinas é de agosto de 2006 e o Conselho Nacional de Educação (CNE) deu o prazo de um ano para que os estados e municípios pudessem cumprir a determinação. No Paraná, desde 2003, as duas disciplinas já fazem parte da grade curricular de 260 escolas, e, a partir deste ano, foram ofertadas nas cerca de 1,2 mil escolas do Estado para 440 mil alunos.  

De acordo com o técnico pedagógico da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Bernardo Kestring, antes mesmo de a lei nacional passar a ser exigida, o Paraná desenvolvia uma política voltada ao incentivo da filosofia e sociologia. Tanto que em 2004 realizou um concurso público para a contratação de cerca de 400 professores das duas disciplinas.

Kestring adiantou que até outubro deste ano um outro concurso deverá ser aberto para contratar outros 400 professores de um total de 13.500 vagas que serão oferecidas para as demais áreas do conhecimento. ?Hoje, em muitas escolas, existem professores colaboradores das mais diversas áreas trabalhando com a filosofia e a sociologia. Mas no futuro queremos que as disciplinas sejam ministradas por professores das áreas específicas?, falou o técnico.

Atualmente, no Paraná existem doze cursos de graduação, reconhecidos ou em fase de reconhecimento, de Filosofia e Sociologia. ?Avaliamos que os egressos desses cursos serão suficientes para a necessidade das escolas?, disse.

A introdução das duas disciplinas na grade curricular, no entendimento da Seed, disse Bernardo Kestring, é que elas têm a função de resgatar um pouco o papel formativo de todas as disciplinas. ?Não é só compreender o ensino médio para quem vai prestar vestibular, através de fórmulas ou macetes, pois sabemos que somente 10% irão para o ensino superior. Mas queremos criar um espaço para a discussão de uma formação para a cidadania?, finalizou. 

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