A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) está investigando a primeira morte suspeita de intoxicação por metanol no estado. Na terça-feira (14/10), um homem de 59 anos deu entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Foz do Iguaçu, na Região Oeste do Paraná. No mesmo dia, o quadro clínico do paciente evoluiu para a morte.
O diagnóstico de intoxicação por metanol depende da confirmação por meio de análise laboratorial. Segundo a Sesa, o material biológico coletado do paciente já foi encaminhado para exames.
Até o momento, o Paraná conta com quatro casos de intoxicação por metanol confirmados, todos registrados em Curitiba. Desses, dois pacientes, de 71 e 36 anos, já receberam alta hospitalar. Os outros dois pacientes permanecem internados na capital: uma mulher de 41 anos, cujo estado é considerado grave, mas estável, e um homem de 60 anos, que permanece estável e apresenta melhoras progressivas.
Ao todo, até agora, o Paraná teve um total de 17 notificações de casos suspeitos. Destes, 12 casos já foram descartados. Inclusive, nesta quarta-feira (15/10), a Sesa descartou mais um caso suspeito, referente a um homem de 41 anos em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Antídoto contra metanol está sendo aplicado em pacientes no Paraná
Para o tratamento dos casos, o Ministério da Saúde enviou à Sesa 84 frascos de fomepizol, um dos antídotos utilizados no tratamento da intoxicação por metanol.
Além disso, a Secretaria realizou a compra de 424 ampolas de etanol farmacêutico, outro antídoto crucial no tratamento, que já está sendo utilizado e deve ser entregue integralmente ainda nesta semana. O Ministério da Saúde também contribuiu com o envio de 360 ampolas deste medicamento, e a Sesa aguarda uma nova remessa de 180 ampolas.
Quatro pacientes já receberam o antídoto, que é enviado diretamente ao hospital após a notificação do caso ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) nacional. A Sesa ressalta que a definição da quantidade e do tipo de antídoto mais adequado (agora com um novo medicamento disponível) é feita por meio de avaliação individual de cada paciente, baseada em critérios clínicos e laboratoriais rigorosos.
Sintomas de intoxicação
Os sinais iniciais de intoxicação costumam surgir entre 6 a 72 horas após a ingestão e podem ser facilmente confundidos com uma ressaca. Nesta fase, os sintomas incluem dor de cabeça, náuseas, vômitos, sonolência, tontura, falta de coordenação e confusão mental.
Em casos mais graves, o quadro evolui para dor abdominal intensa e alterações visuais, como visão turva, pontos escuros, sensibilidade à luz ou cegueira súbita. A pessoa também pode apresentar dificuldade para respirar, convulsões e, em estágios avançados, entrar em coma.



