Paraná divulga índice de infestação da dengue

A Secretaria da Saúde divulgou esta semana o Levantamento Rápido de Índice de Infestação de Aedes Aegypti no Paraná (Liraa). O estudo é realizado para fornecer dados em tempo hábil para fortalecer as ações de combate ao mosquito da dengue. O levantamento foi realizado com 20 municípios do Paraná, sendo que um apresentou risco eminente, 11 estão em alerta, e cinco têm índices satisfatórios. Outros três não informaram os dados até o momento.

“A pesquisa é um levantamento rápido que pode ser utilizado tanto nas atividades de rotina quanto nos momentos mais críticos. A análise deste ano foi realizada entre os meses de outubro e novembro, onde foi levado em consideração, além do índice de infestação predial, o fator climático”, explicou o secretário da Saúde, Gilberto Martin.

No Paraná este método é aplicado desde 2003 e prevê a divisão dos municípios analisados em extratos, cada um contendo entre 8 mil e 12,5 mil imóveis com características semelhantes, sendo que pelo menos 450 imóveis devem ser visitados pelos agentes de endemias. Os locais onde menos de 1% dos imóveis apresentam infestação por larvas do mosquito Aedes Aegypti são considerados de baixo risco, embora casos isolados possam existir. Já os extratos com índices 1% a 3,9% de infestação estão em situação de alerta e extratos com índice superior a 4% apresentam risco de epidemia de dengue.

Entre os municípios analisados, 70% apresentam índice de infestação predial entre 1% e 3,9%. São considerados municípios de médio risco. São eles, Foz do Iguaçu, Cascavel, Paranavaí, Maringá, Apucarana, Cambé, Londrina Guairá, Campo Mourão, Cianorte e Santa Helena. “Londrina e Cambé merecem atenção especial, pois mantêm a circulação viral em decorrência do registro de casos e epidemias em anos anteriores, o que reporta a grande possibilidade da ocorrência de casos graves”, explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, José Lucio dos Santos.

Já o município de Paiçandu registrou índice de infestação predial superior a 4%. “Estamos bastante apreensivos com este município, que na epidemia de 2007 registrou números expressivos de casos da doença. Além da localização geográfica, em que pertence a região metropolitana de Maringá, e estes municípios têm grande interrelação entre si. Por isso é preciso promover a limpeza de terrenos baldios, criar a rotina da promoção de campanhas educativas e redobrar atenção em períodos de chuva, quando existe a tendência de maior acúmulo de água e consequentemente o aumento no risco de infestação”, ressaltou o superintendente.

Dos 20 municípios analisados, apenas cinco apresentaram índices satisfatórios. São eles: Curitiba, Umuarama, Toledo, Mandaguari e Marialva.