Avanço

Paraná bate recorde em doações e transplantes de órgãos

Somente no primeiro quadrimestre deste ano, Paraná já realizou 196 transplantes de órgãos. É o novo recorde para o período, levando em conta toda a história do Sistema Estadual de Transplantes, implantado em 1995. O atual número também é 41% maior do que o registrado entre janeiro e abril de 2015. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, as estatísticas mostram que nunca se avançou tanto na área de transplantes.

“Hoje somos exemplo para o país, graças ao trabalho de excelência desenvolvido por nossa Central Estadual de Transplantes. Contudo, é preciso fazer mais, visto que cerca de 2 mil pessoas ainda aguardam por um órgão no Paraná”, ressaltou.

O número de doações concretizadas também foi recorde neste início de 2016. Em quatro meses, 100 doações foram efetivadas e viabilizaram transplantes múltiplos – de coração, fígado, rim e pâncreas.

Espera

De acordo com dados da Central Estadual de Transplantes, 1.980 pessoas ainda aguardam na lista de espera no Paraná. A maior demanda é por rim (1.430), seguida por córneas (340), fígado (113), coração (47), rim/pâncreas (38) e somente pâncreas (12).

A boa notícia é que o número de transplantes de rim foi o que mais aumentou nos últimos quatro meses. Em comparação com o primeiro quadrimestre de 2015, o crescimento foi de 38%, passando de 90 para 125 procedimentos realizados.

Reorganização

A coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Arlene Badoch, atribui os bons resultados à qualificação das equipes responsáveis por atuar em cada uma das etapas do processo de captação e transplante. “Por trás desses avanços, há uma série de profissionais empenhados na missão de salvar vidas. Desde a identificação do potencial doador até a realização efetiva do transplante”, explicou.

Para Arlene, a recente reorganização do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná tem feito com que os números venham crescendo ano a ano. “A capacitação das equipes, as campanhas de conscientização e o uso da frota aérea estadual para transporte de órgãos têm ajudado nesta evolução”, complementou.