Braços cruzados

Paralisação dos vigilantes pode prejudicar atendimento nos bancos

Vigilantes de todo o Paraná vão parar da meia-noite de domingo até a meia-noite de segunda-feira. A paralisação faz parte do protesto confirmado em assembleia, na noite de ontem. O movimento pode comprometer o funcionamento de agências bancárias e afetar todos os estabelecimentos e entidades que contam com o serviço de segurança privada. Os empregados das empresas de vigilância exigem o pagamento do adicional de periculosidade de 30%, previsto em lei sancionada em dezembro pela presidente Dilma Rousseff. Também pedem aumento real de 5% no piso, além da reposição da inflação. O salário base dos vigilantes hoje é de R$ 1.140,00.

Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, as empresas se negam a negociar com os trabalhadores. “Os empresários já avisaram que não vão negociar e não querem dar um centavo de reajuste. Então não nos resta outra opção além da greve”, afirma.

De acordo com os números do sindicato, existem cerca de 26 mil vigilantes em todo o Paraná. “Acredito que pelo menos 90% vão parar. Todos os setores da economia serão afetados”, avalia Soares. “Enquanto as empresas se recusarem a negociar, os protestos continuarão acontecendo”, ressalta.

Outro lado

Em comunicado oficial, o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp) confirma que não há negociação em andamento. “A aplicação da lei só acontecerá após a regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Diante disso, não há o que se falar em pagamentos de qualquer natureza, antes da regulamentação”, diz a nota. Em relação aos salários, o Sindesp diz que a data-base da categoria é em fevereiro e o reajuste não está em discussão.

Veja na galeria de fotos os manifestantes.

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