ONGs debatem projeto do Contorno Ferroviário

Integrantes de organizações não-governamentais de defesa do ambiente participam hoje, às 19h, na sede da Sociedade Morgenau, em Curitiba, de uma reunião para discutir questões ligadas à obra do Contorno Ferroviário. O projeto, que depende de licença ambiental para ser iniciado, prevê a desativação do ramal que corta doze bairros da zona norte da capital, atingindo cerca de 150 mil pessoas. Em conseqüência, os trilhos dos trens seriam desviados para quatro municípios da Região Metropolitana: Almirante Tamandaré, Campo Magro, Campo Largo e Araucária.

Para muitos ambientalistas, a obra é de grande impacto ambiental, não devendo ser executada. “Essa obra é absurda”, comenta o secretário executivo da ONG Rede Amigos das Águas, Jorge Ran. “Nenhum morador da Região Metropolitana concorda com o desvio dos trilhos.”

Para Jorge, a obra apenas transfere os problemas de Curitiba para outros quatro municípios da Região Metropolitana. “Os habitantes da capital ficarão aliviados, mas os de Campo Largo, Campo Magro, Almirante Tamandaré e Araucária terão sua qualidade de vida bastante prejudicada”, diz. “Acho que se deveriam pensar melhor sobre o projeto da obra e encontrar outras soluções.”

O ambientalista denuncia ainda que a obra vai causar alterações drásticas na paisagem dos municípios e atingir uma área de mananciais, que abastecem o reservatório do Rio Passaúna. “A obra é perversa. Vai causar um grande desmatamento e prejudicar muitas pessoas.”

O Estado não conseguiu contato com o IAP para saber sobre as denúncias. No momento, o órgão está analisando o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) da obra.

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