Animais

ONG procura informações sobre maus-tratos a cães

A crueldade praticada contra um cão vira-lata de aproximadamente um ano de idade chocou a população de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. O cachorro, que atualmente se encontra na sede da Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba (Spac), foi encontrado na quinta-feira passada no quintal de uma casa do Jardim Ana Rosa, deitado em cima de um monte de lixo e com forte hemorragia.

“O cão foi amarrado e esterilizado de forma grosseira, com uma faca e sem receber qualquer tipo de anestésico. Aparentava sentir muita dor e estava anêmico devido à quantidade de sangue que havia perdido”, conta a presidente da Spac, Soraya Simon. “Na Sociedade, o animal teve que receber antibiótico, analgésico, antiinflamatório e soro antitetânico”.

Segundo Simon, as pessoas que vivem nas redondezas do terreno onde o cachorro foi encontrado sabem quem foi o autor da crueldade. Entretanto, têm medo de denunciá-lo à polícia. A reportagem de O Estado tentou contato com algumas delas, mas nenhuma quis falar.

“O agressor é uma pessoa muito perigosa, que anda armada e que vem ameaçando os vizinhos para que não contem nada à polícia. Obtivemos informações que não é a primeira vez que ele mutila animais e o consideramos um perigo à comunidade. Se ele fez o que fez com um cão, é capaz de fazer a mesma coisa com qualquer outro ser indefeso, como por exemplo uma criança”, diz Simon.

Sem que haja denúncia, a polícia não pode deter os agressores de animais. Por isso, a presidente da Spac orienta que, quem tiver medo de se expor, procure a Promotoria do Meio Ambiente, do Ministério Público (MP), e realize denúncia anônima.

Maus-tratos a animal é crime, previsto na lei de crimes ambientais e sob pena de três meses a um ano de prisão. Quando há morte do bicho, a pena pode ser aumentada.

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