Nova onda da gripe A no próximo inverno é tema de simpósio

O I Simpósio Paranaense sobre Influenza A promoveu o debate sobre a experiência das Américas no combate à Nova Gripe e reuniu representantes de diversos países das Américas, além de um representante da Organização Pan-americana de Saúde (Opas).

O objetivo é fortalecer as ações de enfrentamento a uma possível nova onda da pandemia no próximo inverno. “Eventos como esse precisam ser documentados, pois temos que levar o aprendizado a todos os nossos colegas”, disse o representante da Opas, Alfonso Tenorio-Gnecco.

O dirigente da Opas apresentou a situação da doença nas Américas e explicou que o maior desafio dos profissionais e gestores de saúde é diminuir a mortalidade.

“A maior concentração de casos de influenza A está nas Américas, por isso todos os detalhes desta pandemia estão sendo estudados pela Opas”, afirmou. Tenorio-Gnecco, que é colombiano, elogiou o SUS e disse que o sistema de saúde do Brasil conseguiu dar conta da demanda. “O Brasil não sofreu colapso na saúde. Isso significa que o Sistema Único de Saúde é um bom sistema”, afirmou.

O representante do Ministério da Saúde da Argentina, Rodolfo Oscar Faillace, mostrou as medidas de controle adotadas pelo seu País no início da pandemia. “Chegamos a controlar a temperatura dos viajantes nos aeroportos para detectar possíveis casos suspeitos”, afirmou.

Faillace explicou que a experiência argentina, a exemplo de outros países, foi bastante complexa. “Nos preparamos para a pandemia aviária anos atrás, e isso serviu de suporte. Porém, também tivemos momentos de estresse. Este simpósio está me surpreendendo positivamente pela profundidade das palestras apresentadas. Retorno ao meu país com mais experiência certamente”, ressaltou o representante argentino.

O representante do Ministério da Saúde do Chile, Manuel Esteban Najera de Ferrari, apresentou a situação epidemiológica e afirmou que o Chile já se preparava para o enfrentamento desta pandemia.

“Antes de termos os primeiros casos confirmados, já nos preparávamos para a detecção de casos. Tivemos no dia 16 de maio, a primeira confirmação. Era uma jovem que volta das férias na América do Norte. Naquele momento optamos pelo tratamento preventivo em todos os passageiros do vôo, no entanto não conseguimos evitar a entrada do vírus no país”, lembrou o representante chileno.

Hoje o Chile registra 12 mil infectados e 140 óbitos, sobretudo na população de adultos-jovens com doenças pré-existentes. “Hoje a transmissão do vírus é sustentada em nosso país e decidimos tratar todos os pacientes com o antiviral”, explicou Ferrari.

Ele afirmou ainda que o Chile está documentando as ações para que sirvam se subsídios para outros países, principalmente os do hemisfério Norte, que já vivem a segunda onda da doença.

Voltar ao topo