No Paraná, sem-terra cobram por políticas de agroecologia

Dez movimentos sociais, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Via Campesina, entregaram nesta sexta-feira (13) uma carta cobrando a construção de políticas públicas à agroecologia nacional. O documento, entregue durante a 6ª Jornada Nacional de Agroecologia, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel, a 500 quilômetros de Curitiba, apresenta dez reivindicações, entre o estímulo à produção agroecológica, o fortalecimento da educação no campo e políticas públicas contra o plantio de transgênicos e uso de agrotóxicos.

A carta elaborada pelos quatro mil participantes do evento, que iniciou quarta-feira e termina amanhã, foi entregue ao governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB) e ao superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra|) no Paraná, Celso Lisboa Lacerda.

O coordenador-geral da 6ª Jornada e também dirigente do MST, Roberto Baggio, diz que as propostas elaboradas têm o objetivo de cobrar dos governos federal e estadual a implantação de políticas públicas à agricultura agroecológica. O documento entregue hoje sugere apoio a produção agroecológica, políticas públicas contra os transgênicos e agrotóxicos, utilização dos recursos naturais, crédito e infra-estrutura rural, beneficiamento, processamento e comercialização.

Transgênicos

A carta sugere ainda a realização de campanhas públicas educativas sobre os riscos dos transgênicos, para saúde, meio ambiente, economia e a soberania alimentar, além de revogar a liberação do milho transgênico pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) – a liberação aconteceu em 16 de maio último. Variedades de soja e algodão transgênicos já são comercializadas no Brasil.

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