Greve ganha força

No HC, apenas residentes não vão parar na greve

Os 1.098 servidores da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) que trabalham no Hospital de Clínicas (HC) decidiram ontem, em assembleia, entrar em greve a partir de segunda-feira. A decisão foi tomada após a reitoria não apresentar nenhuma contraproposta em relação à oferta feita pela classe na semana passada.

Os servidores pedem 8,87% de reajuste salarial e vale-refeição de R$ 18,24 (R$ 3 a mais do que recebem hoje). Também estão contempladas as questões sociais, como estabilidade para os funcionários e a criação de comissão de acompanhamento da transposição de cargos no HC.

Segundo Márcio Palmares, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest/PR), a categoria ainda aguarda até sexta-feira oferta da reitoria. “O indicativo de greve está aprovado, mas vamos aguardar nos próximos dias se vai haver a contraproposta. Caso contrário, teremos greve”. Se confirmada, a paralisação dos funcionários da Funpar no HC afetará os serviços de manutenção, portaria, laboratórios e alguns setores da enfermagem.

Mobilização

Os médicos do HC entram hoje no terceiro dia da paralisação, inicialmente programada para durar até amanhã, em protesto contra o corte de 50% dos salários a partir da Medida Provisória 568/12. Mas não está descartada a possibilidade da greve se estender por mais dias, informa Bernardo Pilotto, diretor do Sinditest/PR. “No HC, só os residentes não vão parar”, comenta.

Hoje, às 9h, no pátio da reitoria, haverá mobilização conjunta dos servidores administrativos, docentes e estudantes da UFPR para avaliar os problemas da universidade. Os demais técnicos votam amanhã, em assembleia, se vão mesmo cruzar os braços a partir de 11 de junho.