Nevoeiro pode prejudicar operações no Afonso Pena

O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, ficou fechado durante mais de dez horas na manhã de ontem por conta do intenso nevoeiro que se formou no local. Hoje há possibilidade de nova formação de nevoeiro no aeroporto no início da manhã, de acordo com o Instituto Meteorológico Simepar.

As operações de pouso foram canceladas às 23h45 da última segunda-feira e a situação permaneceu até as 10h de ontem, período em que 14 voos previstos para chegarem ao aeroporto foram cancelados e outros 21 ficaram atrasados. Nas partidas, foram outros 13 voos cancelados e 15 atrasados.

Até as 18h de ontem, o Afonso Pena registrou um total de 32,6% de voos atrasados e 23,3% de cancelamentos durante o dia, entre os 86 voos previstos. As informações, que são da Infraero, registram atrasos superiores a 30 minutos.

Nessa época do ano é comum a formação de nevoeiros, conforme o meteorologista Reinaldo Olmar Kneib, do Simepar. “Para formar o nevoeiro tem que entrar uma massa de ar frio e seco, que deixa o céu claro, sem vento e, ao longo da noite, sofre grande perda de temperatura. Esse ar frio fica retido nas primeiras camadas da superfície, condensa, forma gotículas de água e o nevoeiro”, explica.

Embora menos intenso do que ontem, as condições são propícias para que o nevoeiro volte a aparecer hoje próximo do aeroporto. “O nevoeiro raramente passa das 9h, quando o sol aparece e o dissipa. O aeroporto fica em um pequeno vale e por isso sofre mais com nevoeiros, pois o ar frio, mais pesado, se deposita em locais mais baixos”, completa o meteorologista.

Reclamações

Por conta das novas regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que assegura direitos aos passageiros que tiverem problemas com voos, vigentes desde o último domingo, já houve 13 reclamações ou sugestões no País, sendo cinco referentes a atrasos e oito a cancelamentos, apenas na segunda-feira. Nenhuma reclamação de overbooking. Até agora a Anac não divulgou esses dados por estado.

O passageiro que sofrer atraso, cancelamento ou overbooking deve receber prioridade da companhia aérea para ser reacomodado em outros voos. Se o voo estiver lotado ou for cancelado, o consumidor pode pedir reembolso integral da passagem.

É obrigação das companhias informar verbalmente – e por escrito, caso seja requisitado pelo passageiro – o motivo do atraso e a previsão de saída do voo. Em caso de descumprimento das novas normas, as empresas aéreas estão sujeitas a multas de R$ 4 mil a R$ 10 mil por ocorrência. Os passageiros poderão pedir ressarcimento na Justiça ou pelos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.