Apesar de ser um reduto italiano, o São Braz tem espaço para a cultura brasileira. De uma casa no meio do bairro, surgem os acordes da viola caipira, um instrumento típico do interior do País. O som vem da residência de Dinart Garcia, professor de música que ensina jovens e adultos os encantos da viola caipira. “A procura hoje em dia é grande porque a viola é um instrumento com uma sonoridade característica e também pelo folclore. As pessoas vêm porque querem reviver os tempos do interior, da infância… Mas muitos adolescentes e jovens, já a partir dos 12 anos, também procuram a viola caipira. Pelo som e pela saturação do recursos eletrônico nas músicas”, explica Garcia.
| Gerson Klaina |
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| Dinart Garcia: viola caipira é um ritmo atemporal e todo mundo sabe cantar. |
Com origens no interior do Paraná, o professor foi um autodidata na música, ainda na adolescência. Muito tempo depois foi se formar na área. Há cerca de 12 anos despertou interesse pela viola caipira, que se tornou o carro-chefe nas aulas. “Antigamente os ensinamentos sobre a viola eram repassados verbalmente entre parentes. Acabavam guardando como se fosse um tesouro. Hoje o ensino acontece com mais termos técnicos, com a teoria da música, para saber o que está tocando. E isso ajuda a perpetuar a viola caipira”, conta Garcia.
O interessado em aprender a tocar precisa de no mínimo três meses de aulas para poder arriscar e não fazer feio na viola caipira. Mas somente com um ano é possível conseguir um nível satisfatório e um bom repertório. “São músicas atemporais. E tem muito daquilo de todo mundo saber cantar, mas ninguém sabe de quem é a música. Ou ainda falam que não conhecem a viola caipira, mas já identificam quando algumas músicas são tocadas, como Menina da Porteira, João de Barro ou Chico Mineiro”, avalia Dinart. Mais informações no site www.violacaipiracuritiba.com.br.
Veja o vídeo de Dinart tocando e falando sobre a viola caipira.