Coordenadores municipais de Defesa Civil dos sete municípios do Litoral concluíram, quinta-feira (29), em Paranaguá o primeiro treinamento, realizado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
De acordo com o capitão Jonas Emanuel Pinto, do Corpo de Bombeiros, coordenador-adjunto da 8.ª regional da Defesa Civil no Litoral, a coordenadoria municipal facilita o acesso da Defesa Civil Estadual ao registro de acontecimentos adversos, como estiagem, chuvas de granizo, desabamentos e explosões.
“O litoral é uma região de risco. Devemos sempre estar em alerta com as previsões de enchentes e vendavais, por exemplo, e, caso aconteça algo neste sentido, com as coordenadorias instaladas teremos condições de atender a todos”, explicou o capitão Emmanuel.
Os participantes tiveram instruções sobre os trabalhos que a defesa civil realiza, quais programas o estado tem disponíveis, como proceder em emergências e estados de calamidade e, principalmente, como estruturar a coordenadoria.
Ferramenta
O capitão Antônio Hiller, subchefe da divisão de Defesa Civil contou que o curso paranaense foi criado com base em dois cursos da Coordenadoria Nacional e dá prioridade ao repasse de informações, avaliação dos danos e registro das informações no site nacional da Defesa Civil.
O SisDC é uma ferramenta para o controle dos processos de ocorrência de desastres nos municípios paranaenses. O sistema abrange a incorporação e exibição de informações úteis ao desenvolvimento das atividades da Defesa Civil, com o objetivo de agilizar, simplificar e melhorar o processo de reconhecimento de ocorrências.
Experiências
Segundo o diretor de transportes da Secretaria de Obras de Morretes, José Antonio Carlos, o novo prefeito já está formando uma equipe da coordenadoria municipal da Defesa Civil. “Nosso principal problema são as enchentes na região do Rio Sagrado, que, nos meses de verão, castigam nossa cidade. Antes da criação das coordenadorias municipais, o Corpo de Bombeiros fazia sozinho o trabalho de atendimento em casos de emergência. Hoje, com esta iniciativa do Governo teremos uma equipe especializada, com a união do setor público e de voluntários, que vamos treinar nas comunidades”, apontou José Carlos.
Já no município de Guaratuba há 10 anos foi constituída a primeira coordenadoria da Defesa Civil local, os principais eventos adversos atendidos pela comissão do município foram: alagamentos, vendavais, chuvas de granizo, e acidentes com cargas perigosas.
Para o coordenador de operações da Defesa Civil municipal de Guaratuba, Manoel Fernando de Souza, o curso é uma oportunidade dos agentes se atualizarem quanto às normas e técnicas. “Temos uma comissão instalada, e algumas subcomissões, totalizando 35 pessoas. Treinamos a população que vive nas comunidades mais afastadas e onde os eventos ocorrem com maior freqüência”, disse Manoel.
O capitão Antônio Hiller, lembrou que o Paraná conta com oito regionais estaduais em Paranaguá, Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Cascavel, Maringá, Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e Foz do Iguaçu que fazem o monitoramento do trabalho das coordenadorias municipais. “O prefeito é responsável pela coordenadoria nos municípios. Entre as suas atribuições está manter as atividades e a equipe organizada”, explicou.