O Ministério Público do Paraná está realizando audiências públicas em diversos municípios do Estado para discutir programas de gerenciamento de resíduos sólidos. Ontem, os encontros aconteceram em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e em São Mateus do Sul. A proposta é identificar entre os grandes geradores de resíduos – como supermercados, indústrias e hospitais – como eles estão lidando com o destino e reciclagem desses materiais.
O município de Almirante Tamandaré tem cerca de 100 mil habitantes, que produzem um volume de 980 toneladas de lixo por mês, que acaba sendo depositado no aterro da Caximba, em Curitiba.
Cerca de 40% desse material tem potencial para ser reaproveitado. O prefeito de Almirante Tamandaré, Vilson Goinski, ressaltou que o plano de gerenciamento de resíduos do município será construído em parcerias com os grandes geradores.
Paralelo ao plano, a Prefeitura está iniciando um trabalho de conscientização sobre a importância da separação do lixo. Para isso adquiriu 140 conjuntos de lixeiras coloridas para a coleta de material reciclável, que foram instaladas em escolas e prédios públicos. Segundo Goinski, o município também está procurando desenvolver um projeto de compostagem de resíduos orgânicos, e irá formar uma cooperativa de catadores.
?Com isso estaremos regulando a atividade no município, e ajudando as cerca de 200 famílias que fazem o trabalho de coleta de material reciclável a ter uma fonte de renda?, falou.
O promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias do Meio Ambiente, Saint-Clair Honorato dos Santos disse que assim como Almirante Tamandaré, outros municípios do Paraná estão adotando medidas e criando seus planos de gerenciamento de resíduos. Ele citou que na RMC municípios como Bocaiúva do Sul e Campina Grande do Sul já estão avançando na questão da reciclagem. O mesmo acontece com os municípios de Arapongas e Cornélio Procópio, que estão trabalhando com a compostagem. ?O que nós queremos é que sejam encontradas alternativas para reduzir o volume de resíduos que vão para os lixões e criar oportunidades de transformação desses materiais, como, por exemplo, em energia?, finalizou.