Mulher suspeita ser a mãe de brasileira criada em Israel

Novas peças que podem se encaixar no passado de Ayellette, brasileira de 23 anos criada em Israel, apareceram. Escreveu para a redação de O Estado Cláudia Oliveira, de 24 anos, vizinha da menina Maristela da Silva Bernardes, desaparecida em maio de 1988. Ela diz que se lembra bem da menina e que teria ficado impressionada com a semelhança entre elas. A mãe de Maristela, Elizabete da Silva, 48 anos, também procurou o jornal. Ela está ansiosa para saber se o desaparecimento da filha será finalmente resolvido.

No último dia 4, foi veiculada a matéria sobre a garota que procura a família no Paraná. No dia 5, a irmã de Maristela, Cristiane Bernardes, 24 anos, entrou em contato com O Estado, acreditando ser Ayellette a irmã. Ontem, foi a vez da mãe Elizabete. ?Essa não é a primeira vez que uma esperança aparece, mas nas outras que achavam ser Maristela não vi nada da minha filha. Depois fiquei revoltada e não quis mais ir atrás. Mas essa realmente senti que pode ser. Parece com meu filho mais velho. Faço DNA, faço o que for para resolver essa situação?, diz.

Quando teve Maristela, Elizabete tinha 24 anos. Ela conta que apesar das dificuldades – financeiras, de saúde e conjugais – nunca abandonou as filhas. ?Meu marido, na época, levou-as de mim. Depois de um tempo, quando estávamos separados, eu sem emprego e ainda doente, ele voltou para que eu cuidasse da Cris. Como eu não tinha condições, deixei-a para a madrinha cuidar até as coisas melhorarem. Já a Maristela ele disse que era dele. Fiquei sabendo pelos jornais da época sobre o desaparecimento. Nunca procurei os jornais, rádio ou a tevê porque é o meu jeito de lidar com a situação, por isso as pessoas me criticam?, explica a mãe.

Cláudia conta que viu a foto de Ayellette e ficou surpresa. ?Tínhamos a mesma idade, brincávamos juntas. Minha mãe tomava conta delas. Ela era muito clarinha, com pintinhas no rosto e o cabelo queimado de sol. Lembro muito bem, por isso a foto da menina de Israel me impressionou. De verdade, é muito parecida?, disse.

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