119 dias sem aulas

MPF ajuíza ação civil pública para retomada das aulas da UFPR

Ação civil pública ajuizada nesta quarta-feira (12) pelo Ministério Público Federal (MPF) pede a retomada imediata das aulas dos dois últimos períodos de todos os cursos da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Estão arrolados na ação a UFPR, a Andes (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior) e a APUFPR (Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná). Por causa da greve dos professores, as aulas na instituição estão suspensas há 119 dias.

Na avaliação do MPF, a paralisação total dos serviços educacionais da universidade é abusiva. Para o órgão, a situação dos estudantes dos últimos períodos é ainda mais grave, “uma vez que correm risco de sofrer prejuízos irreparáveis, pois se a greve se mantiver por mais alguns dias não haverá tempo hábil para que haja a readequação do calendário das aulas”.

O presidente da APUFPR, Luiz Allan Künzle, informou que ainda não foi notificado, mas que a demanda do MPF está sendo atendida com a convocação de uma assembleia, amanhã (13), às 14h, para discutir a possibilidade de encerramento do movimento. “Não foi o sindicato que colocou a categoria em greve e nem é ele que vai retirar. O sindicato encaminha o debate e a categoria vota em assembleia”, alega.

Mesmo pressionado pelo órgão federal, não há uma tendência clara para a reunião de hoje. “Encontrei muitos professores que acham prematuro sair da greve, apesar da orientação do comando nacional. Vamos discutir a suspensão, que pode ser individualizada ou unificada com outras universidades”, explica.

Os professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) também se reúnem amanhã, no mesmo horário, para discutir a manutenção ou término da greve.

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