Motoristas do IML são presos por tentarem extorquir família

Dois motoristas do Instituto Médico Legal (IML) foram presos em flagrante após tentarem extorquir R$ 600 de uma família para que encaminhassem o corpo de uma senhora direto para uma funerária de Curitiba, onde um médico faria o atestado de óbito. Paulo Marcos Tissot, de 36 anos, e Marcos José Camargo, 31, foram detidos no pátio do IML, na noite desta quinta-feira (6), pelo sub-interventor do Instituto, o capitão da PM Willian Kuczynski.

Segundo o interventor do IML, coronel Almir Porcides Junior, ?A intervenção foi realizada para acabar com os maus servidores do IML e com o uso indevido do IML. Nós achamos que os motoristas podem ter sido cooptados por uma funerária e agora vamos descobrir qual é a empresa?.

De acordo com o capitão Kuczynski, depois da morte de uma senhora, em sua casa, no bairro Bacacheri, em Curitiba, a família procurou um hospital da Capital para conseguir o atestado de óbito. O hospital orientou então que a família procurasse o IML. Por volta das 22h, o Instituto foi acionado e Tissot e Camargo foram buscar o corpo no Bacacheri. Lá, segundo o sub-interventor do IML, os dois teriam tentado extorquir R$ 600 da família, prometendo que levariam o corpo diretamente para uma funerária. ?Eles aterrorizaram a família dizendo que no IML iriam abrir o corpo inteiro da senhora, inclusive a cabeça?, afirmou o capitão.

Enquanto os motoristas tentavam convencer a família, um dos filhos saiu de casa e foi até o IML. No pátio, ele encontrou com o capitão e informou que não tinha o dinheiro para pagar a propina. ?Fiquei surpreso quando encontrei o rapaz no pátio do IML. Ele me disse que não tinha o dinheiro para liberar o corpo de sua mãe. Então eu esclareci a situação com ele. Falei que não precisava pagar nada?, contou Kuczynski. Imediatamente, o capitão telefonou para os motoristas dando a ordem de que retornassem com o corpo da vítima para o IML. ?Eles demoraram para voltar e nós achamos que eles foram avisados porque tentaram de tudo para que a família não contasse o ocorrido?, disse.

Ao chegarem no pátio do IML, os dois motoristas foram presos, algemados e levados para o 1º Distrito Policial pelo capitão. Lá, os dois, que fazem parte do Quadro Geral de funcionários estaduais, foram autuados em flagrante pelo crime de concussão (extorsão cometida por funcionário público) e foram encaminhados para o Centro de Triagem II, em Piraquara. A pena para esse tipo de crime pode variar de dois a oito anos de prisão.

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