Moradores de vila fecham rua para pedir melhorias

Pneus queimados e muita fumaça impediram o tráfego de veículos durante toda a tarde de ontem na Rua Francisca Beraldi Paulini, Vila Juliana, Bairro Novo, em Curitiba. Por volta de 15h os moradores do local fecharam a via em protesto ao abandono da região. Além da rua sem pavimentação, que produz muita poeira, a iluminação pública é deficiente e os motoristas não respeitam o limite de velocidade.

Outra queixa diz respeito à administração da torneira pública do local. Todas as cerca de sessenta famílias da vila pagam, ou deveriam pagar, mensalmente R$15,00 ao pedreiro Luís Antônio Emílio, que tem o cadastro junto à Sanepar. O problema é que a conta, que gira em torno de R$1,3 mil mensais, está atrasada há meses. O abastecimento de água pode ser cortado a qualquer momento.

Em dia

Conforme as pessoas da região, também conhecida como Sapolândia, o pagamento das taxas está em dia. Emílio desmentiu, dizendo que apenas uns oito moradores pagam a conta. “Eles não entendem que a conta está no meu nome e o interesse maior que esteja tudo em dia é meu”, reclamou o pedreiro.

Pavimentação

Segundo o jardineiro Dorisvaldo Ribeiro Brito, há seis meses na vila, a poeira é insuportável. “Ela já deixou várias de nossas crianças com alergia. Precisamos de antipó”, reclamou. Cléverson Wilson Barros, contínuo, 21 anos, explicou que os motoristas também desrespeitam as leis de trânsito. “O limite é 40 km/h, mas andam a 80”, relatou, destacando que a iluminação na vila é precaríssima.

Os moradores alegam já ter ido à Regional Bairro Novo, mas os problemas da localidade não foram resolvidos.

Ano que vem

A assessoria de comunicação da Secretária Municipal de Obras Públicas (Smop) informou as obras de pavimentação e iluminação da Vila Juliana estão previstas para serem feitas em 2003.

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