Mobilização quer evitar corte de terceirizados no HC

Um termo de ajuste de conduta proveniente do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) poderá ser o responsável pela demissão de 1,2 mil funcionários do Hospital de Clínicas (HC) até dezembro desse ano.

Ligados à Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar), os funcionários em questão se encaixam no termo que visa extinguir funcionários terceirizados que não estão em situações previstas pela legislação. Atualmente, o HC conta com três mil funcionários em sua folha.

Para negociar alternativas de evitar essas demissões, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest-PR), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Funpar, criou uma campanha pela manutenção desses empregos.

Para isso, ontem a categoria deu o primeiro passo entregando ao prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, um documento esclarecendo a situação dos funcionários e pedindo apoio da prefeitura de Curitiba.

“Somos totalmente favoráveis à reivindicação justa proporcionada pela categoria. O HC é um hospital com muito poder de atendimento e que não pode passar por essas demissões”, disse.

Para auxiliar a campanha, Ducci afirmou que irá auxiliar na articulação com o governo federal. “Daremos apoio no que diz respeito aos contatos com a bancada federal em Brasília”, garantiu.

O reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, disse que o apoio de Ducci foi de extrema importância para o movimento. “Avalio de forma muito positiva o encontro. Estamos num grande movimento com as lideranças do Paraná em prol dos trabalhadores. Após a conversa com Ducci iremos buscar apoio do governador Orlando Pessuti e, consequentemente, da bancada federal”, disse.

Para Akel, a intenção final do movimento é uma conversa com o ministro do planejamento, Paulo Bernardo. “Nessa futura conversa pretendemos apresentar a intenção de mantermos o quadro atual de funcionários. Eles já estão capacitados e estão realizando muito bem suas tarefas. Não conseguimos manter o hospital sem o trabalho dessas 1,2 mil pessoas”, ressaltou.

Além de trazer a possibilidade de articulação na bancada federal, o presidente do Sinditest-PR, Wilson Messias, afirmou que a presença de autoridades na campanha fará com que a proposta chegue mais concreta ao ministro. “A composição de lideranças do Paraná fortalecerá nosso movimento. Com esses apoios chegaremos com uma proposta mais coesa a Brasília”, afirmou.

Voltar ao topo