Ministério Público ajuíza ação contra fazenda sob suspeita

O Ministério Público do Trabalho no Paraná ajuizou ontem uma Ação Civil Coletiva na Justiça do Trabalho para obter verbas rescisórias e indenização por dano moral individual, no valor de R$ 5 mil, dos trabalhadores encontrados na semana passada em situação análoga a de escravos na Fazenda Ponta Grossa, entre os municípios de Bocaiúva do Sul e Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Outra ação, por dano moral coletiva, será ajuizada na próxima semana.

Segundo o procurador do trabalho Gláucio Araújo de Oliveira, ele apresentou um pedido de liminar para que os 24 trabalhadores possam receber logo os seus direitos trabalhistas. Eles estão aguardando uma resposta da Justiça em uma casa alugada nas proximidades da fazenda. Os agricultores são da cidade de Palmital, no oeste do Estado. Os valores que cada um tem para receber variam entre R$ 2 mil e R$ 20 mil.

A Fazenda Ponta Grossa pertence à construtora Andraus e outros sócios. O proprietário não quis fazer acordo com o MPT, porque considera que a responsabilidade é dos agentes que contrataram os trabalhadores para o serviço de corte e planta do pinus. Devido a isso, o órgão está entrando na Justiça. Em uma pequena propriedade ao lado dessa fazenda também foi verificado o problema, mas o proprietário fez um acordo, assinando um termo de ajuste de conduta.

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