Ministério emite alerta sobre casos de sarampo

O Ministério da Saúde emitiu um alerta para todo o País sobre a ocorrência de dois casos confirmados de sarampo no município de João Dourado, no interior da Bahia. Também há casos suspeitos da doença em outras cidades baianas.

O alerta pede para que sejam reforçadas as ações de vigilância epidemiológica. Desde 2001, não havia registro da doença no País. O Paraná está livre da doença desde 1999 e, mesmo assim, atendeu ao pedido do ministério.

A responsável pela Divisão de Doenças Imunopreviníveis da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Mirian Woiski, conta que todas as regionais foram alertadas sobre o assunto. A secretaria possui um sistema de notificação obrigatório de doenças exantemáticas – entre elas está o sarampo -, que permite uma boa vigilância sobre as suspeitas de casos.

A maneira existente para controlar o sarampo é a vacinação. A proteção contra a doença é prevista no calendário nacional de vacinação e é fornecida por meio da vacina tríplice viral. A primeira dose é tomada com um ano de idade. A repetição da dose acontece aos 4 anos.

A cobertura vacinal deve ser de, no mínimo, 95% dos 399 municípios do estado, de acordo com Mirian. ?Mesmo que haja o vírus, as pessoas vacinadas não deixam que a cadeia de transmissão prossiga?, explica.

O sarampo tem transmissão respiratória (por meio da fala, espirro e tosse) e é altamente contagioso. Inicialmente, os sintomas são parecidos com uma gripe, com a presença de febre, dores no corpo e conjuntivite. De três a quatro dias depois surgem as manchas pelo corpo.

Os casos mais graves são aqueles em crianças com menos de um ano de idade ou em adultos. Se não for tratado, o sarampo pode ocasionar meningoencefalites, inflamações no ouvido e pneumonias (pelo próprio vírus ou outras infecções).

Quando uma suspeita de sarampo é detectada, é colhido material da pessoa para análise. Enquanto isso, os familiares e as pessoas com contato com o doente também são vacinados. Na Bahia, entre os casos ainda considerados suspeitos, existe a hipótese de que os infectados tiveram contato com um estrangeiro contaminado.

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