Metade dos incêndios acontece na periferia

Dos 300 atendimentos de incêndio que o Corpo de Bombeiros faz mensalmente no Paraná, entre 40% a 50% acontecem na periferia das cidades. Para o relações-públicas e auxiliar de gabinete de comando do Corpo de Bombeiros (CB), tenente Galeazzi, quando os incêndios acontecem em favelas o risco é que o fogo se propague rapidamente e atinja outras casas. ?Mas o Paraná é um lugar privilegiado, pois a gente tem conseguido evitar que os focos de incêndios se alastrem?, afirma.

Galeazzi explica que os riscos em favelas são sempre maiores, não só por causa da proximidade das casas, mas também porque elas são construídas com materiais inflamáveis. Além disso, é comum o uso de ligações de energia elétrica clandestinas, popularmente conhecidas como ?gatos?. Ele adverte sobre o risco desse tipo de ligação, que faz a casa receber uma corrente elétrica sem controle, facilitando o início de incêndios.

Outro motivo apontado por Galeazzi e a falta de cuidado que os moradores desses locais têm ao lidar com materiais combustíveis e inflamáveis. Segundo ele, os incêndios em favelas podem se originar com o descuido na conservação de fogareiros, fogões, mangueiras de botijões de gás e até mesmo na falta de cuidados em utilizar velas. ?Costumo orientar as pessoas a não usar velas para iluminar suas casas. Sugiro que comprem uma lanterna. É mais barato uma lanterna do que fazer a casa de novo?, considera. Segundo ele, é preciso que a população colabore para evitar tragédias. ?É necessário que haja mais cuidado com equipamentos que possam provocar incêndios nas casas.?

Prevenção

O tenente diz que o trabalho de prevenção que tem sido realizado tem contribuído para que não haja incêndios de grandes proporções. Segundo ele, o CB tem utilizado, principalmente, os momentos em que fazem vistorias nos estabelecimentos do centro da cidade para orientar os funcionários. ?Procuramos realizar um trabalho de prevenção de forma que as informações sejam levadas para a periferia, pelas pessoas que trabalham no centro?, afirma.

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