Qual adulto de hoje nunca sonhou em ser jogador de futebol quando era criança? Se fizer essa pergunta para seus amigos, certamente a maioria – se não todos eles – vai revelar que já teve esse desejo um dia. Contratos milionários, jogar nos principais gramados do mundo, ser famoso e até mesmo poder vestir a camisa do seu time de coração é a vontade de qualquer jovem que aspira a ter a mesma carreira de ídolos como Kaká, Luís Fabiano, Júlio César, Zinedine Zidane, Cristiano Ronaldo, Lionel Messi, entre outros craques.
Para os amigos Juliano Martins Fernandes, Luan Elias Cordeiro, Lucas Borges Jalesky, Raphael Stremel Kania, Henrique Villanova Machado, Leonardo Vinícius Francisco, Vicente Licht Padilha e Kayan Cantu, todos adolescentes e com idades que variam de 13 a 15 anos, a resposta para a eterna pergunta “o que você vai ser quando crescer?” já está na ponta da língua. “Jogador de futebol”, respondem em uníssono. Eles frequentam a escola de futebol Sociedade Esportiva Ferroviária, localizada no bairro Xaxim, em Curitiba, e garantem que o fato da Copa do Mundo estar em destaque faz com que todos se dediquem mais aos treinos.
O dono da escola e técnico do time, José Carlos Fagundes, assina embaixo a afirmação dos meninos. “A gente percebe que eles ficam mais empolgados e dedicados neste período de Copa do Mundo. Eles querem ser bem sucedidos como seus ídolos e sonham em um dia vestir a camisa da nossa seleção”, afirma. Por conta da febre da Copa, a escola ganhou mais alunos. “Houve um aumento na procura de crianças interessadas em praticar futebol. Trabalhava com 180 garotos e agora estou com 250. Fui obrigado a criar um tipo de lista de espera até”, revela.
A única condição imposta por Fagundes para que os jovens possam jogar é a de ir bem na escola.
O ex-jogador Tostão, que teve uma passagem destacada no Coritiba e hoje é proprietário de uma escola de futebol na capital, diz que conversa com os seus alunos sobre as dificuldades em seguir carreira como atleta.