Médicos não atenderão por planos entre os dias 10 e 25

Médicos de todo o Brasil vão suspender o atendimento às operadoras de saúde entre os dias 10 e 25 do mês que vem. De acordo com a Associação Médica do Paraná (AMP), que lidera o movimento no Estado, a paralisação é mais um esforço da classe na tentativa da formulação de acordos com as operadoras de saúde para a regularização de contratos e a recomposição dos honorários médicos.

Segundo o presidente da AMP, João Carlos Baracho, a manifestação quer chamar a atenção da população sobre inércia nas negociações com as entidades que representam as operadoras. “Tivemos sucesso nas conversas com as operadoras da Copel e Sanepar, mas com as associações que defendem os direitos da maioria dos planos não houve avanço nenhum e as conversas estão paradas”, diz.

No Paraná, somente os usuários das operadoras Fundação Copel e Sanepar, que conseguiram corrigir o valor dos honorários médicos, não serão atingidos pela paralisação. A Unimed não está incluída, pois terá a discussão na forma exigida pela Lei das Cooperativas.

Reembolso

Durante a manifestação, a cobrança das consultas e procedimentos eletivos será diretamente do paciente, que exigirá o devido reembolso na sede das operadoras de saúde. Todos os pacientes farão jus ao reembolso, devendo comunicar a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e ao Procon caso as operadoras se neguem a fazer o ressarcimento.

Exigência de recibos

Conforme a AMP, todos os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos sem quaisquer modificações. “Não haverá desassistência. A orientação é que os médicos passem o recibo para os pacientes e estes, por sua vez procurem suas operadoras para solicitar o reembolso, que lhe é direito”, afirma Baracho.

Em nota, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) esclarece que não faz parte de suas atribuições intervir no relacionamento entre as operadoras e seus prestadores de serviços. O texto afirma que a entidade representa as empresas de medicina de grupo institucionalmente – no Congresso, em audiências públicas e no órgão de regulação, entre outros – e não participa da operação diárias de suas associadas.

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