Cigarro

Médico afirma que fumódromo fechado é crime contra a saúde

A eliminação dos fumódromos foi defendida pelo presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), José Fernando Macedo, na manhã desta terça-feira (25), durante a Escola de Governo. “Colocar pessoas numa redoma em ambientes fechados é crime. Temos áreas ao ar livre suficientes para que quem quiser fumar”, destacou o médico.

Macedo foi convidado para explicar as consequências de se fumar em locais fechados. “Neles, não há ventilação suficiente para eliminar substâncias nocivas do cigarro e mantém a exposição dos indivíduos a elas”, ressaltou. Macedo lembrou que, só no Brasil, 200 mil pessoas morrem anualmente, em decorrência do tabagismo. No mundo, este número é de cerca 5,4 milhões.

O presidente da Associação Médica paranaense informou que no Brasil há 30 milhões de fumantes e que o país ocupa o quinto lugar no ranking mundial em número de pessoas que fumam. Segundo ele, o tabagismo é considerado uma doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que, por sua vez, é responsável pelo surgimento ou o agravamento de outras enfermidades.

Macedo salientou que 30% das mortes por câncer em geral e 25% por problemas coronários têm ligação com o consumo do cigarro. Quando se trata de mortes por câncer de pulmão, essa porcentagem salta para 90%. “Ele também pode desencadear ou agravar a diabete e a hipertensão. Pode provocar, ainda, anormalidades fetais e o desenvolvimento de câncer de língua. Já para os fumantes passivos, o contato com a fumaça aumenta o risco de desenvolver câncer de pulmão em 30% e em 25% para doenças cardiovasculares”, detalhou.

O médico também falou sobre os altos custos que os governos têm em relação ao tratamento de pacientes com enfermidades desencadeadas pelo tabagismo. “Somente para tratar casos de hipertensão arterial são gastos US$ 11,3 mil por pessoa a cada ano. Já para problemas ligados ao colesterol elevado são US$ 65 mil por pessoa em 12 meses. Em todo o mundo, a perda é de US$ 200 bilhões por ano, por causa de tratamentos, mortes em idade produtiva e aposentadorias precoces, por exemplo. Essa quantia poderia ser investida em programas de prevenção na área da Saúde”, concluiu.

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