Maré enterra óleo do navio Vicuña

Depois de 52 dias após o acidente com o navio chileno Vicuña, que explodiu no píer particular da empresa Cattalini, equipes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) continuam realizando a limpeza em algumas ilhas da Baía de Paranaguá, que foram afetadas pelo vazamento de óleo combustível. Durante a tarde de ontem, os técnicos do IAP participaram de ações na Ilha de Piaçanguera, das Cobras, da Cooatinga e das Peças.

Segundo o chefe do órgão em Paranaguá, Sebastião Carvalho, grande parte do produto levado pela água acabou sendo enterrado pela maré. Quando a água volta a subir, explica ele, o óleo pode ser observado nas pedras e nas encostas das ilhas. "É nessa hora que as equipes agem para disseminar a contaminação ainda existente nessas ilhas", conta.

O navio, que explodiu no dia 15 de novembro, estava carregado com 14 milhões de litros de metanol, além de 1,2 mil toneladas de óleo combustível e 150 mil litros de óleo diesel. Para evitar um novo vazamento durante a retirada da carcaça do Vicuña, que começou na semana passada, mergulhadores da empresa holandesa responsável pela operação, Smit Salvage, fizeram uma inspeção no casco do navio, localizando os lugares exatos onde os cortes seriam feitos para a retirada dos pedaços.

A retirada do que sobrou do navio chileno Vicuña deve se estender durante todo o mês de janeiro. A proa, parte que permanece sob a água, deve ser retirada somente no próximo ano. Esta será a manobra mais arriscada de toda a operação, pois pode existir grande quantidade de óleo ainda presente nessa parte do navio.

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