Marcha do MST cobra novos assentamentos

Cerca de mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizaram ontem, nas ruas do centro de Curitiba, uma marcha para reivindicar mais atenção à reforma agrária no Paraná. O ato também marcou o início da Jornada de Lutas e Negociações, ação que integra a campanha Abril Vermelho.

A passeata começou por volta das 11h, na Praça 29 de Março, no Mercês, e seguiu para a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro. Segundo a diretora do MST no Paraná, Salete Mariani, o principal objetivo da manifestação é cobrar dos governos estadual e federal agilidade no processo de reforma agrária. “Queremos que os governantes deem andamento à reforma, que se encontra paralisada no País”, diz.

O MST também pede melhorias na infraestrutura dos assentamentos e ações de assistência técnica para as famílias assentadas. “Somente aqui no Paraná cerca de seis mil famílias vivem em situação precária, em beiras de estradas e em áreas ocupadas. Além disso, é preciso oferecer estrutura de desenvolvimento, como crédito, habitação e renegociação de dívidas, além da construção de escolas na áreas de reforma agrária e acesso à cultura”, aponta.

O Incra agendou três reuniões com o MST – amanhã, quinta e sexta – para tratar de assentamentos de novas famílias, infraestrutura e assistência técnica. De acordo com o órgão, cerca de 5,5 mil famílias estão acampadas no Paraná atualmente.

Para lembrar os 16 anos do Massacre de Eldorado de Carajás, no sul do Pará, quando 21 trabalhadores sem terra foram assassinados em uma ação da Polícia Militar paraense, o MST vai interditar rodovias hoje durante 21 minutos. A lista das estradas que serão fechadas não foi divulgada.

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