Marcha da Educação tem início hoje

Os professores estaduais começam hoje a Marcha da Educação. Durante cinco dias vão percorrer a pé os cerca de 100 quilômetros que separam Ponta Grossa de Curitiba. A chegada é prevista para a manhã de terça-feira. À tarde eles acompanham na Assembléia Legislativa, em Curitiba, a votação dos projetos de lei que pedem isonomia salarial e cria o plano de carreira dos funcionários da educação. Ontem a categoria visitou os 29 núcleos regionais de educação de todo o Estado divulgando outras reivindicações.

O professor Dirceu Ferreira, do Núcleo Sindical da Região Metropolitana Norte, na região de Curitiba, disse que as escolas estão enfrentando problemas com a falta de funcionários. Ele também calcula uma defasagem de cerca de dois mil em todo o Paraná. Faltam merendeiras, inspetores, zeladoras, entre outros.

Outro problema seria a falta de segurança. Em muitas escolas os professores se sentem ameaçados. Um exemplo é o Colégio Tiradentes, em São José dos Pinhais. O diretor, que não quis se identificar, diz que é comum os alunos assistirem aula embriagados. "Isto não é ambiente de sala de aula", revela.

Os sindicalistas também dizem que há escolas sem professores. Os docentes saem de licença e não há ninguém para substituí-los. Mas a Secretaria de Estado da Educação (Seed) discorda dos números. Segundo a assessoria de imprensa, o Paraná tem hoje 60 mil docentes. Cinqüenta e sete mil são concursados. A falta de professores é considerada pontual, não representando a realidade do Estado. Já a falta de funcionários vai ser suprida nos próximos dias com a contratação de mais gente: na região de Curitiba serão 400. Os servidores que foram aprovados no último concurso também devem ser chamados.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo