Protesto

Marcha contra a corrupção reúne 400 em Curitiba

Cerca de 300 pessoas protestaram contra a corrupção, no começo da tarde desta quarta-feira (12), na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no centro de Curitiba. A manifestação, organizada pelo Movimento Brasil Contra a Corrupção, aconteceu em todo o país.

Uma das reivindicações foi a manutenção da Lei da Ficha Limpa, que veta a candidatura de políticos condenados ou que renunciaram para escapar da cassação. Também houve protesto para que a corrupção seja considerada crime hediondo e pelo fim do voto secreto entre os parlamentares. Altas taxas de tributação no país também foram lembradas pelos participantes.

Os manifestantes vestiram roupas pretas, usaram máscaras e pintaram o rosto de verde e amarelo. Durante a caminhada, carregaram faixas e bandeiras e gritaram palavras de ordens contra a corrupção. Eles seguiram pela região central, passando pela Boca Maldita, até a Praça Rui Barbosa.

Uma das líderes da marcha, a jornalista e hoje dona de casa Maria de Fátima Mazanek Santos, 56 anos, definiu o caráter do movimento: “nós não somos comprometidos com ninguém, a não ser com a nossa vergonha na cara”, afirmou.

Esta foi a segunda edição da marcha contra a corrupção, a primeira aconteceu no dia 7 de setembro. O movimento não tem partido e surgiu nas redes sociais.

Brasil

Em Brasília, cerca de 20 mil pessoas percorreram a Esplanada dos Ministérios e terminaram a passeata em frente ao Congresso, onde cantaram o Hino Nacional. Também cantaram a música Que País é Esse?, da banda Legião Urbana, e canções de protesto de Chico Buarque. Eles pediram a manutenção dos poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar juízes. Os manifestantes levaram uma enorme pizza para simbolizar o engavetamento de casos de corrupção.

Em São Paulo, a marcha atraiu a maçonaria e houve tumulto quando um grupo de 30 punks se infiltrou no meio dos 2.500 manifestantes e promoveu quebra-quebra. O protesto aconteceu em um trecho da Avenida Paulista. Os principais alvos das críticas foram os políticos José Sarney, Paulo Maluf e Gilberto Kassab.

No Rio de Janeiro, a concentração aconteceu em Copacabana. Os manifestantes pediram à população do bairro para colocar vassouras na janela, para demonstrar apoio ao movimento. Eles adiantaram que pretendem acampar no Congresso Federal para aprovar a Ficha Limpa.

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