Manifestação contra a Usina Hidrelétrica de Mauá

A ordem de serviço para a construção da Usina Hidrelétrica de Mauá, no Rio Tibagi, foi assinada esta semana pelo governador Roberto Requião. Entretanto, o projeto continua gerando polêmicas.

Hoje, ribeirinhos, indígenas, ambientalistas e pessoas que vivem em Londrina, no norte do Estado, farão uma manifestação contra a liberação da obra. O ato será em frente à sede da Copel, na Rua Chile, na Vila Brasil. Posteriormente, os participantes irão realizar uma passeata até o calçadão central da cidade.

Segundo o presidente da organização não-governamental (ONG) MAE (Meio Ambiente Equilibrado) e um dos organizadores do protesto, o biólogo Eduardo Panachão, a construção da usina – que deve ser realizada pelo Consórcio Cruzeiro do Sul (Copel e Eletrosul) – irá representar um verdadeiro desastre ambiental.

Ele acredita que, antes de as obras serem iniciadas, os estudos de impacto ambiental e o processo de licenciamento devem ser revistos ou mesmo refeitos. Atualmente, os mesmos vêm sendo colocados em xeque através de diversas ações judiciais e questionamentos do Ministério Público Federal e de ONGs.

“Um dos principais problemas diz respeito ao lago da usina, que deve ter noventa quilômetros quadrados. A previsão é de que ele seja construído em uma área onde existem 26 pontos de carvão abandonados que, se inundados, irão contaminar a água. Isto pode prejudicar o abastecimento de 42 cidades que consomem água do Rio Tibagi” afirma.