Mandioca gigante colhida em Loanda

O agricultor João Antônio Bonetti, de Loanda, na região noroeste do Paraná, teve uma grande surpresa ao colher em sua lavoura, no fim de semana passado, uma mandioca de quase 47 quilos. A raiz, plantada há cerca de dois anos e meio, não deverá ser consumida e ficará exposta em uma cooperativa do município.

De acordo com a esposa de João Antônio, a também agricultora Rita Magalhães Bonetti, o tamanho da raiz assustou a família. “Ele foi colher mandioca para dar para as vacas, como sempre faz. Daí chegou em casa trazendo essa raiz gigante no carrinho de mão, para nos mostrar”, contou.

Apesar de pesada, a mandioca foi arrancada apenas pelo agricultor. “Ele mesmo arrancou. Ele é pequeno, mas ‘forçudo’”, brincou Rita, lembrando que a lavoura deles já produziu outras mandiocas grandes: “Até de 28 quilos já deu aqui. Mas como essa, não tem comparação”.

O técnico agrícola Sérgio César dos Santos, da Cooperativa Agroindustrial do Noroeste Paranaense (Copagra), informou que, em lavouras comerciais, mandiocas de cinco a seis quilos já são consideradas grandes.

“O normal é que cheguem a 2,5 quilos, em roças que tenham espaçamento de 90 por 50 centímetros”, explicou. “No caso do senhor João, ela estava sozinha, então teve espaço para crescer. E também ajudaram as condições de fertilidade do solo e o tempo que ela ficou lá”, completou o técnico.

Segundo Santos, a raiz, da variedade fécula branca, ainda poderia ser utilizada tanto pela indústria quanto para consumo humano, mas como é velha, teria que ser cozida por muito tempo para ficar em condições de ser consumida. A cooperativa, então, com a autorização de João, escolheu deixar a mandioca exposta na sua sede.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a mandioca é cultivada em todos os estados brasileiros e está entre os nove principais produtos agrícolas do País, se considerada a sua área cultivada – de cerca de 1,9 milhão de hectares – e em sexto lugar, em valor de produção. A raiz também é conhecida como aipim, principalmente na região Sul, ou macaxeira, mais ao norte.