Mais uma escola fecha sem pagar professores

Cerca de 35 professores e funcionários da escola Laboratório de Aprendizagem Meu Cantinho Precisão, situada na rua Angelo Sampaio, em Curitiba, reclamam do não pagamento de salários e outros benefícios. A escola fechou as portas em dezembro de 2002 e não fez o acerto com os trabalhadores. Em duas semanas, é o segundo caso semelhante registrado na capital.

O inspetor de ensino, Rubens José Pinheiro, um dos demitidos da escola Precisão, afirma que o estabelecimento tinha 33 anos de atividades e já chegou a ter mais de mil alunos, mas último ano, possuía apenas 180 estudantes matriculados, do maternal até o ensino médio. Segundo ele, os funcionários não foram informados oficialmente sobre os motivos que levaram ao fechamento da escola, e acreditam que foi em função do baixo número de alunos.

“Ainda não recebemos o salário de dezembro nem o décimo terceiro, muito menos os valores da rescisão de contrato. Alguns funcionários descobriram que nem tiveram depositados os valores do INSS e FGTS”, denunciou o ex-funcionário. O presidente do Sindicato dos Professores do Estado do Paraná, Sérgio Gonçalves Lima afirmou que a entidade já denunciou a situação à Procuradoria do Trabalho, já que nenhum representante da escola se manifestou sobre o assunto. A reportagem de O Estado também procurou os proprietários e departamento jurídico da escola, mas ninguém foi encontrado.

Crise

Na semana passada, cerca de trinta professores da escola Bentley Educacional, no bairro de Santa Felicidade em Curitiba, também denunciaram a falta de pagamento. A escola encerrou as atividades no fim do ano passado e não acertou os salários e rescisão com os funcionários. Sérgio Gonçalves Lima disse que o sindicato já está tomando providências para homologar os acordos entre a escola e professores.

De acordo com a Secretaria de Educação do Paraná, 1.001 escolas particulares funcionam no Estado, sendo 602 em Curitiba. A presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Estado do Paraná (Sinepe), Maria Luíza Xavier Cordeiro disse que o fechamento das duas escolas foi “coincidência”, descartando possível crise no setor.

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