Londrinenses poderão responder criminalmente ao MP

A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, autuou nesta terça-feira (10), oito locais da cidade, sendo cinco residências e três empresas, onde foram encontrados focos do mosquito da dengue. Os donos ou responsáveis pelos locais já haviam sido notificados, mas não regularizaram a situação. Assim, o Ministério Público solicitou a cópia das autuações para que os autuados respondam por crime contra a saúde pública.

Segundo o diretor de Saúde Ambiental da secretaria, Rogério Lampe, a cada ano que passa, aumentam as chances de haver uma epidemia. Por isso, segundo ele, ações mais rigorosas e enérgicas se tornam imprescindíveis. “Estamos há três anos fazendo campanhas de divulgação em massa, ações educativas e de limpeza. É necessário que os reincidentes respondam criminalmente”, explicou Lampe.

Conforme ele, é importante que os proprietários que já foram notificados regularizem a situação, o mais rápido possível, para que não sejam multados e tenham que responder criminalmente. Lampe afirmou que as medidas têm o objetivo de prevenir uma possível epidemia de dengue, em Londrina. “É preciso que se faça agora a prevenção para que não haja uma epidemia da doença na cidade. Se há epidemia, essas medidas de prevenção não surtem efeito algum”, explicou.

O diretor afirmou que estão previstas outras autuações e a intensificação deve durar até o final do verão. “Essa ação da Secretaria de Saúde e da Vigilância Sanitária deve durar todo o verão, principalmente pelo excesso de chuva e calor, clima propício ao desenvolvimento do mosquito. O que vai definir se ela pode ser intensificada ou diminuída é o índice de infestação do mosquito”, afirmou. O próximo Levantamento do Índice Rápido do Aedes (Lira), será realizado em março.

Rogério Lampe disse que as rigorosas medidas darão resultado em curto prazo. No entanto, explicou que o resultado das ações será realmente avaliado a partir da realização do próximo Lira. “O levantamento dará novo indicador para que possamos ver se essas medidas estão dando resultado e também direcionar novas ações”, declarou o diretor de Saúde Ambiental.