Londrina pede mais recursos para saúde

A Associação Médica de Londrina e os sindicatos que representam os hospitais, entre outras entidades, entregaram esta semana um documento ao Conselho Municipal de Saúde apoiando a iniciativa da Prefeitura de pedir mais recursos ao Ministério da Saúde. Por mês, o município recebe cerca de R$ 7,4 milhões, mas seriam necessários no mínimo mais R$ 2,2 milhões. Só de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a região, que atende 1,8 milhão de pessoas, precisa de mais 83. Muitos pacientes ficam horas à espera de atendimento ou são internados em leitos improvisados.

Segundo o presidente do sindicato dos hospitais da cidade e da região, Fahd Hadad, a situação está muito difícil para os hospitais e o problema se origina na falta de recursos. Há 10 anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) não reajusta o valor dos procedimentos, além de demorar para ressarcir alguns dos atendimentos. A associação calcula que hoje há o represamento de R$ 8,6 milhões em contas hospitalares que ainda não foram quitadas.

Fahd calcula que, para pôr um ponto final ao caos da saúde, seria necessário o investimento mensal de mais R$ 2,2 milhões provenientes do SUS para Londrina. São diversos os problemas que os hospitais enfrentam, e quem mais sofre é a população. Quem precisa de UTI, por exemplo, tem ficar horas esperando ou é internado em leitos improvisados. Segundo Fahd, há dois anos foi feito um estudo e se constatou a falta de leitos de UTIs na região. Ele conta que Londrina é referência para cinco regionais de saúde em atendimentos de alta complexidade e a população atendida chega a 1,8 milhão. Seria necessário 322 leitos, mas no local existem apenas 239.

Porém, o governo do Estado divulgou ontem números diferentes. Mostrou dados do ministério que afirmam que a Regional de Londrina tem leitos de sobra. No entanto, o estudo não leva em conta a população das outras quatro regionais que também são atendidas.

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