Lojistas pedem atenção com Rua 24 horas

Há mais de 14 anos, quando aberta, a estrutura da Rua 24 horas, em Curitiba, era o que havia de mais moderno e deslumbrante. A construção em arcos, de metal e vidro, enchia os olhos dos turistas. Hoje o quadro é outro: no teto, vidros quebrados e sujos, quando não estão ausentes; corrimãos já sem tinta; e uma rua com muito menos vida e lojas. Mesmo assim o movimento continua, mas os lojistas reclamam.

"Oitenta por cento do nosso movimento é de turistas. Nossa Rua 24 horas é divulgada para o mundo inteiro, mas quando chega aqui o visitante se depara com lojas fechadas e goteiras", afirma Regina Palazim, lojista no local desde 1998. Segundo ela, a última pintura que a rua recebeu foi há mais de seis anos, quando mudou do cinza para o marrom.

Proprietária de um café na 24 horas, desde 1996, Cândida Mendes também reclama das condições em que se encontra o local. "A Rua 24 horas é lindíssima, mas a gente vê que os turistas entram e se decepcionam um pouco com o estado em que está. Precisa de uma restauração como todo monumento precisaria ter na cidade. Como estão fazendo na Ópera de Arame, no Jardim Botânico, deveriam olhar para nós também. Porém, parece que estamos no final da fila", lamenta Cândida.

Prefeitura

De acordo com a Urbanização Curitiba S/A (Urbs), órgão gerenciador na Rua 24 horas, existe um projeto para a recuperação da cobertura, cujo valor estimado é de R$ 1,5 milhão. No entanto, ele ainda está sendo estruturado e não há previsão de quando será implantado. Sobre a quantidade de lojas fechadas – ao todo são dez das 43 (quatro da prefeitura e seis de propriedade privada) – este seria um problema de inadimplência dos lojistas, mas que já teria sido resolvido e nova licitação para ocupação dos espaços deve sair ainda neste mês. "Estamos estudando a possibilidade de fazer a substituição do telhado e estamos reunindo esforços para que isso aconteça rápido", afirma o diretor administrativo-financeiro da Urbs, Ricardo Smijtink. 

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