Logo na entrada do Shopping Cidade, em Curitiba, o cheiro de queimado está no ar. Ao passear pelos corredores, percebe-se o esforço dos lojistas em arrumar o estoque e tentar reabrir suas portas, após terem seus produtos atingidos pela fuligem do incêndio que atingiu o shopping no final de semana passado.
O trabalho agora é passar aspirador, separar roupas e produtos que não podem mais ser vendidos e enviar o material para a perícia, encarregada de avaliar os prejuízos de cada lojista. Os produtos empacotados foram levados para a administração do shopping para posterior avaliação.
Embora o shopping tenha sido reaberto na segunda-feira, muitas lojas continuaram fechadas para organizar o estoque e calcular o prejuízo, pois muito do que foi perdido ainda estava em débito, segundo os lojistas. Para alguns, resta se lamentar, pois acreditam que não têm mais como reabrir, já que perderam todo seu estoque de Natal e avaliaram que não teriam condições de suprir a demanda.
A polícia técnica tem um período de até 40 dias para divulgar o laudo e a causa do princípio de incêndio. Enquanto isso, uma posição concreta em relação aos ressarcimentos ainda não foi informada para os lojistas. O shopping chegou a propor lavar as roupas e entregá-las novamente aos lojistas, que não aceitaram a proposta, pois elas não poderiam mais ser vendidas como peças novas.
Em nota oficial, o Shopping Cidade informou que os lojistas que tiveram prejuízos por causa do princípio de incêndio serão ressarcidos pela seguradora com a qual cada um possui contrato.